Começamos, com este texto escrito pela professora e companheira indígena Mônica Lima, uma série especial sobre as prisões no Brasil,com relatos de presxs e companheirxs que trabalham no sistema carcerário. Todos os textos serão reunidos numa edicação especial sobre as prisões, que será divulgado em breve pela OATL. É com um olhar muito especial, sob a perspectiva de uma educação classista e libertadora, que quase diariamente parto para ministrar aulas no sistema prisional. Ao adentrar os corredores do cárcere também me vejo nas celas super lotadas, olho atentamente as pessoas nas celas em situação desumana, para de alguma forma me comunicar e conhecê-las. Muito me orgulho de conhecê-las e chamá-las pelo nome. Enxergo rapidamente seus sonhos, algumas também me chamam pelo nome ou simplesmente “professora” e nossa identidade é natural e recíproca.Gostaria aqui de poder fazer uma discussão sob o que é ou não crime, mas não o farei agora, mas salientarei que o Estado comete crimes hediondos diariamente que são considerados “legais”. Também quero pontuar que só estão nos presídios em sua grande maioria pessoas pobres e negras, mostrando que o presídio é o que temos de pior para bem exemplificar o extremo da luta de classes e suas injustiças. Também gostaria de dizer que a maioria das pessoas não deveriam estar ali, muitas já possuem penas cumpridas, e muitas deveriam é estar inseridas dentro das políticas públicas de saúde, inclusive os usuários de droga. Mas minha discussão também não será essa. Gostaria de abordar o preconceito e a perseguição enfrentada pelos educadores do sistema prisional, em específico o meu caso e as ameças ocorridas, não somente para denuciar, mas para além do repúdio, que as instituições possam dar visibilidade, pois só tenho isso como proteção. Começarei descrevendo a perseguição política durante a última greve unificada das redes estadual e municipal que se iniciou em maio e terminou em 27 de junho de 2014. A secretaria de Educação mudou minha lotação de origem tentando uma direção que me processasse e lançasse código de faltas no lugar do código de greve e conseguiu. Mas não fui retirada pelo respeito que os alunos (e a própria direção) têm ao trabalho que desenvolvo. Palavras espirituosas da direção: “mesmo que quisesse lhe retirar seus alunos não deixariam, eu estaria arrumando problemas com eles”. Inclusive sei de gestores que “entortam” a boca para informar que sou grevista. Os educadores são muito respeitados pelos detentos. Mônica Cristina Brandão dos Santos Lima, professora de Biologia Política e Bem-Viver do Complexo Penitenciário do Gericinó em Bangu (Regional VIII – rede estadual), professora do GEPUM (Grupo de Educação Popular – Universidade do Estado do Rio de janeiro\Comunidade Metrô Mangueira) e professora da Universidade Intercultural Indígena Aldeia Maracanã
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